Alunos da Etec Conselheiro Antonio Prado vencem prêmio Inovar

Publicado em: 16 de janeiro de 2020

Microalgas marinhas usadas no experimento do biorreator desenvolvido por estudantes do curso de Biotecnologia

Fonte: Centro Paula Souza

O processo acelerado da emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e o consequente aumento do aquecimento global sensibilizaram alunos do curso técnico de Biotecnologia da Escola Técnica Estadual (Etec) Conselheiro Antônio Prado, de Campinas, que resolveram pesquisar o tema e propor alternativas para o problema. O projeto conquistou o primeiro lugar no prêmio Inovar, promovido pela Rhodia Solvay, em dezembro de 2019.

Segundo relatório da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), a emissão de CO2 cresce há sete anos consecutivos e isso contribui para a elevação do aquecimento global em níveis críticos. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos estudantes Jade Nobre e Vinicius Andrade, que concluíram o curso no último semestre, é um biorreator para criação controlada de organismos vivos – microalgas marinhas da região de Bertioga que, para crescerem, absorvem o gás carbônico da atmosfera.

As microalgas marinhas foram imersas numa solução de hidróxido de cálcio e acomodadas no biorreator. Após um período de duas semanas, as reações biológicas das microalgas geraram uma cultura capaz de fazer a fotossíntese, por meio da captura de CO2 e liberação de oxigênio limpo no ambiente.

A professora e orientadora do TCC, Michele Machado, afirma que os testes demonstraram que a instalação de pequenos biorreatores com microalgas em escritórios e salas de aula, por exemplo, pode reduzir o CO2 e proporcionar mais concentração e relaxamento para as pessoas. A educadora ressalta, no entanto, que os resultados são preliminares e precisam continuar sendo testados.

Fotossíntese

“Podemos fazer uma analogia dessa experiência com a capacidade de fotossíntese das plantas. O biorreator realiza o mesmo processo, mas os testes comprovaram que esse sistema é mais rápido e eficiente para capturar dióxido de carbono que a absorção realizada pelas plantas”, explica Michele.

Segundo a orientadora do trabalho, a participação dos estudantes no Inovar proporcionou um contato estreito entre os alunos e a indústria, que gerou motivação e crescimento profissional e pessoal à dupla.

Estudantes do curso técnico de Meio Ambiente, também da Etecap, desenvolveram um projeto de absorvente descartável biodegradável, sob orientação da professora Erica Gayego Belo Figueiredo, e ficaram com a segunda colocação na mesma edição do prêmio Inovar.


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